A Usina Termelétrica Pampa Sul, localizada em Candiota, Rio Grande do Sul, é um componente estratégico da matriz energética brasileira, operando com uma capacidade instalada de 345 MW, podendo abastecer uma cidade de aproximadamente 1,3 milhão de habitantes. A usina utiliza carvão mineral como fonte primária de energia, empregando tecnologia de caldeira de leito fluidizado circulante (CFB) — única no Brasil — que permite maior controle das emissões de poluentes e eficiência na combustão. Além disso a usina conta com um complexo sistema de tratamento de gases resultantes da queima do carvão, como o precipitador eletroestático, filtro de manga e um lavador de gases garantindo que as emissões atmosféricas da usina não ultrapassem os rigorosos limites impostos pelos órgãos ambientais.
Correia Tubular Transportadora de Carvão
O carvão mineral é transportado até a usina por meio de uma correia transportadora tubular, que possui mais de 4 km e tem a capacidade para transportar 550 t de carvão por hora. Por ser uma estrutura tubular fechada, a Correia gera um mínimo de ruídos e poeira e garante o abastecimento contínuo e seguro do combustível. Esse sistema minimiza impactos ambientais e operacionais durante o transporte.
Linha de Transmissão 525KV
A energia gerada é distribuída por um Sistema de Transmissão de Interesse Restrito, composto por:
51 torres.
Uma subestação elevadora.
Uma linha de transmissão de 20,4 km em circuito simples, interligada à Subestação Candiota 2, conectando-se ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Reservatório Jaguarão 2
A usina capta água do Reservatório Jaguarão 2, localizado na Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo, entre Candiota e Hulha Negra, a barragem possui mais de 900 m de extensão e com capacidade de armazenamento de 9,52 milhões de m³. Uma adutora de 7 km fornece a água para o sistema de geração da usina. O reservatório abastece o ciclo térmico da usina, sendo monitorado diariamente para garantir segurança hídrica e conformidade ambiental. Nas áreas do entorno do reservatório de água da barragem da usina termelétrica Pampa Sul, a caça e a pesca predatória são proibidas. Além disso, em todo o entorno, a área de preservação permanente APP está em processo de consolidação e é crime ambiental à sua destruição
Histórico e Implantação
A construção da Usina teve início em junho de 2015, após a obtenção da Licença de Instalação (LI) por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Viabilizada no leilão de energia A-5 de novembro de 2014, a Pampa Sul começou sua geração comercial em 28 de junho de 2019, após a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Durante os quatro anos de implantação da Usina, por meio de uma série de programas socioambientais, a Companhia promoveu ações para evitar, mitigar e compensar impactos ambientais, assim como potencializar os impactos positivos, além de otimizar os investimentos sociais na região do entorno.
Emissões Atmosféricas
A UTE Pampa Sul emprega um sistema eficaz de controle de emissões e tratamento de gases de combustão, começando pela injeção de calcário na caldeira de leito fluidizado circulante (CFB) e um lavador de gases para captura de dióxido de enxofre produzindo gesso. A tecnologia CFB permite a queima do combustível em menor temperatura, evitando a formação dos óxidos de nitrogênio. Complementando esse sistema, um precipitador eletrostático e filtros de manga operam em série, resultando em uma eficiência superior a 99% na redução de material particulado.
Para uma maior avaliação das emissões, a Usina realiza, anualmente, seu Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Elaborado segundo as diretrizes do GHG Protocol Brasil e do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC) da ONU, o documento é auditado por terceira parte independente e contabiliza todas as emissões regulamentadas pelo Tratado de Quioto.